O solo DEVE ser encarado como uma interface entre o ar e a água (entre a atmosfera e a hidrosfera), sendo imprescindível à produção de biomassa. Assim, o solo não é inerte, o mero local onde assentamos os pés, o simples suporte para habitações e outras infraestruturas indispensáveis ao Homem, o seu "caixote do lixo"!.
Sempre que lhe adicionamos qualquer substância estranha, estamos a poluir o solo e, direta ou indiretamente, a água e o ar.
De fato, aos usos referidos associam-se, geralmente, descargas acidentais ou voluntárias de poluentes no solo e águas, deposição não controlada de produtos que podem ser resíduos perigosos, lixeiras e/ou aterros sanitários não controlados, deposições atmosféricas resultantes das várias atividades, etc.
Assim, ao longo dos últimos anos, têm sido detectados numerosos casos de contaminação do solo em zonas, quer urbanas, quer rurais.
A contaminação do solo tem-se tornado uma das preocupações ambientais, uma vez que, geralmente, a contaminação interfere no ambiente global da área afetada (solo, águas superficiais e subterrâneas, ar, fauna e vegetação), podendo mesmo estar na origem de problemas de saúde pública.
Regra geral, a contaminação do solo torna-se problema quando:
Há uma fonte de contaminaçãoO problema pode ser resolvido por:
Há vias de transferência de poluentes que viabilizam o alargamento da área contaminada
Há indivíduos e bens ameaçados por essa contaminação.
Remoção dos indivíduos e/ou bens ameaçados
Remoção da fonte de poluição
Bloqueamento das vias de transferência (isolamento da área)
Medidas de recuperação do solo
Se o estudo de solos contaminados é recente, a investigação e desenvolvimento de processos e tecnologias de tratamento é-o ainda mais.A abordagem das áreas contaminadas considera, normalmente, três fases fundamentais:
Identificação das áreas contaminadas (inventários)
Diagnóstico-avaliação das áreas contaminadas
Tratamento das áreas contaminadas.
Atualmente consideram-se três grandes grupos de métodos de descontaminação de solo:
Descontaminação no local ("in-situ");Esta 3ª opção não se trata verdadeiramente de um processo de descontaminação, mas sim de uma solução provisória para o problema. O tratamento do solo como metodologia de recuperação de áreas contaminadas é uma alternativa cada vez mais significativa relativamente à sua deposição em aterros sanitários, devido essencialmente ao aumento dos custos envolvidos.
Descontaminação fora do local ("on/off-site");
Confinamento/isolamento da área contaminada.
Tecnologias de Tratamento
A Fig. 1 sistematiza os métodos e técnicas disponíveis para tratamento de solos contaminados. As técnicas "on/off site" exigem a extração, por escavação, do solo contaminado. O solo extraído pode ser tratado no local ("on-site") ou em estações de tratamento ("off site"), sendo depois reposto no local de origem ou noutro para outros fins, depois de descontaminado.Com a tecnologia disponível atualmente, uma parte dos solos contaminados ainda não é ou é problematicamente descontaminável, devido a problemas de ordem vária como: emissões gasosas de alto risco, concentrações residuais inaceitavelmente elevadas e/ou produção de grandes quantidades de resíduos contaminados.
Isto é particularmente verdade para solos poluidos com hidrocarbonetos aromáticos halogenados e/ou metais pesados, bem como com solos contendo elevada percentagem de finos.
Para além destes aspectos, algumas das técnicas utilizadas envolvem elevados custos de tratamento. Dos diferentes métodos de descontaminação do solo (biológicos ou não biológicos), apenas os biológicos e a incineração permitem a eliminação ambiental dos poluentes orgânicos, através da sua mineralização.
Tratamento Biológico
Os métodos biológicos baseiam-se no fato de que os microorganismos têm possibilidades praticamente ilimitadas para metabolizar compostos químicos.Tanto o solo como as águas subterrâneas contêm elevado número de microorganismos que, gradualmente, se vão adaptando às fontes de energia e carbono disponíveis, quer sejam açucares facilmente metabolizáveis, quer sejam compostos orgânicos complexos.
No tratamento biológico, os microorganismos naturais, ou indígenas, presentes na matriz, são estimulados para uma degradação controlada dos contaminantes (dando às bactérias um ambiente propício, i.e., oxigénio, nutrientes, temperatura, pH, humidade, mistura, etc.). Em determinadas situações (presença de poluentes muito persistentes), pode ser necessário recorrer a microorganismos específicos ou a microorganismos geneticamente modificados, de modo a conseguir uma optimização da biodegradação.
Atualmente as principais técnicas biológicas de tratamento incluem:
"Landfarming"Estas técnicas, à excepção do "landfarming", estão ainda numa fase de desenvolvimento.
Compostagem
Descontaminação no local
Reatores biológicos
Outras técnicas inovadoras (cometabolismo, desnitrificação, etc).
Recentemente, tem sido dada particular relevância aos métodos biológicos de descontaminação de solos, tecnologia promissora que pode vir a ter um papel de importância crescente na recuperação de áreas contaminadas pelas atividades industrial e urbana.
O tratamento biológico do solo diminui os riscos para a saúde pública, bem como para o ecossistema e, ao contrário da incineração ou dos métodos químicos, não interfere nas propriedades naturais do solo.
Fonte: http://www.recyclelife.net/
Em Chapeco, a situação do solo é preocupante , o cultivo intensivo do solo associado a práticas inadequadas de manejo, como o uso exagerado de processos de arações e gradagens e a queima dos resíduos do trigo na sucessão trigo/soja, proporcionou perdas de matéria orgânica equivalentes à metade do estoque original em apenas 10-15 anos de cultivo (PÖTTKER, 1977). Essas altas perdas, possivelmente, foram conseqüências das elevadas taxas de decomposição da matéria orgânica e do intenso processo erosivo nos solos submetidos ao sistema de preparo convencional.
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782003000300012
A questão do lixão - que era crítico - em nossa cidade foi tratada na gestão administrativa do ano de 1997 a 2000, veja a seguir a proposta da implantação do aterro sanitário para Chapecó. Será que conseguimos alcançar nosso objetivo? Será que a coleta seletiva foi realmente implantada em nossa cidade como era a proposta? acesse o link.
http://www.pt-pr.org.br/documentos/pt_pag/PAG%202004/MEIO%20AMBIENTE/Aterro%20Sanit%C3%A1rio%20para%20Res%C3%ADduos%20s%C3%B3lidos%20do%20Munic%C3%ADpio%20de%20Chapec%C3%B3.PDF
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