A destruição do meio ambiente é uma das grandes preocupações mundiais neste momento, e esta preocupação deve estar na mente e nos corações de todos os seres humanos. As questões ligadas ao tema nos fazem pensar sobre o tipo de recursos naturais que exploramos, o modo como os exploramos e por que o fazemos.
Nos grandes centros urbanos, empresas de toda espécie lançam seus resíduos em qualquer lugar, carros poluem o ar, pilhas de lixo nem sempre são armazenadas e recolhidas de modo correto. Para agravar este quadro, sabemos das condições precárias de moradia das populações que vivem nos bolsões de pobreza dos grandes centros urbanos, onde questões como saneamento e coleta de lixo tornam-se centrais para comunidades que muitas vezes não se beneficiam sequer dos serviços públicos básicos e que lhes são garantidos pela Constituição.
No que diz respeito a lixo, em nosso país apenas a metade do que é produzido diariamente está sendo coletada, e, desta metade, só uma pequena parcela vai para os locais adequados (aterros sanitários, incineradores, usinas de reciclagem e compostagem). A maior parte é jogada em rios que abastecem regiões inteiras, ou levada para lixões clandestinos, a céu aberto, em locais que se tornam mais numerosos a cada dia que passa.
Depositado em locais inadequados, o lixo polui o ar, exalando gases e causando mau cheiro, além de poluir o solo e a água. Atrai animais como ratos, baratas e mosquitos, que se reproduzem em grande escala e são transmissores de várias doenças. Jogado nas ruas, o lixo entope bueiros e galerias de águas pluviais, provocando enchentes desastrosas na época das chuvas. Nas comunidades carentes, que não têm serviço de coleta, muitas vezes o lixo é lançado nas encostas e nos cursos d’água — quando chove, a força d’água e o volume do lixo provocam tragédias como desabamentos e perdas de vidas.
A sociedade precisa se mobilizar e exigir de autoridades e empresários providências concretas para solucionar o problema; e que, por outro lado, todos podem e devem contribuir para reduzir a poluição (por exemplo, utilizando os transportes coletivos ao invés de automóveis, e de outras maneiras citadas pelo vídeo).
A poluição sonora também deve merecer destaque, pois tornou-se um problema grave para muitos habitantes das grandes cidades. Construções de edifícios, ruas muito movimentadas, casas de shows e de eventos, e eventualmente até mesmo o som de cultos religiosos ultrapassam em muito os limites toleráveis de ruído para os ouvidos humanos. Como conseqüência, ocorrem numerosos problemas de saúde, como, por exemplo, a surdez, a irritabilidade e a insônia. Algumas medidas para evitar a exposição aos ruídos são sugeridas pelo vídeo, e outras devem partir das próprias comunidades, que certamente trarão para a discussão exemplos de problemas que enfrentam e de como os vêm superando.
O saneamento básico — conjunto formado pelos serviços de limpeza urbana, serviços de canalização de água e de esgoto — é fundamental para a manutenção da saúde e da qualidade de vida nas cidades. Esses serviços são de responsabilidade das prefeituras, e são mantidos com o dinheiro dos impostos que pagamos. Assim, dispor de saneamento básico é um direito de todos os cidadãos brasileiros.
Todas as comunidades devem ser estimuladas a contribuir efetivamente no que diz respeito à questão do lixo. Isto pode começar pelo incentivo à formação do hábito de não jogar lixo nas ruas, com o ensacamento do lixo doméstico de modo conveniente e o ato de colocá-lo na rua apenas nos dias em que houver o serviço de coleta, ou mesmo com a conversa entre vizinhos sobre as medidas possíveis a cada comunidade para acabar com a poluição ao seu redor, ainda que ela não conte com os serviços públicos de coleta. Deve-se também estimular a implantação da coleta seletiva, como a do papel, do vidro e do alumínio (latas), visando a reciclagem, o que pode, inclusive, trazer lucro financeiro para a comunidade.
É importante também sensibilizar as pessoas para as condições que enfrentam em seus ambientes de trabalho, estimulando-as a lutar pela implantação de sistemas que levem em consideração a manutenção de sua saúde nas empresas. Este item se insere na luta maior contra a poluição ambiental e por melhores condições de vida em nossas cidades — e em todo o nosso planeta.
Essa luta diz respeito a todos nós.
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